Olá Pessoal.

Depois de tanto tempo, eis uma boa sugestão de filme para assistir coma sua turma.

 

“Decisões Extremas” surpreende logo no seu início. E não falo de invencionices do roteiro ou qualquer coisa envolvendo a história em si. Surpreendente é ver, pela primeira vez desde Star Wars, Harrison Ford não ser o nome principal a ser creditado. O longa-metragem é produzido pelo ator que, talvez até por isso, tenha se sentido menos tentado a encabeçar o elenco, deixando a função para Brendan Fraser. É no mínimo curioso.

Decisões Extremas tem direção de Tom Vaughan e roteiro assinado por Robert Nelson Jacobs, baseado no livro The Cure, da jornalista vencedora do Pullitzer Geeta Anand que, por sua vez, baseou-se em fatos reais.
Na trama, John Crowley (Fraser) é um homem de família, casado com a bela Aileen (Keri Russell) e pai de três filhos. Os Crowley tentam de todas as formas manter uma rotina normal, mesmo tendo de encarar uma batalha diária: dois de seus três filhos tem a doença de pompe, uma doença degenerativa que afeta os músculos e sistema nervoso. De acordo com as pesquisas de John, as crianças têm expectativa de vida até os 9 anos de idade, o que o deixa desesperado por uma solução para o problema. Ao conhecer as pesquisas do Dr. Robert Stonehill (Ford), Crowley percebe uma luz no fim do túnel, larga seu trabalho e passa a dedicar todo o seu tempo a angariar fundos para a descoberta da cura para a doença. No entanto, Stonehill não é uma figura nada fácil de trabalhar.

Para início de conversa, Brendan Fraser consegue uma atuação – ainda que nada uniforme – bastante comovente, merecendo créditos pela escolha de um papel diferente do habitual. John Crowley é totalmente abnegado aos filhos e não mede esforços para resolver a situação. Homem de negócios, ele é a pessoa perfeita para dar vida às pesquisas de Robert Stonehill, um professor que tem ideias revolucionárias na teoria, mas nunca as coloca em prática. Harrison Ford pratica o seu feijão com arroz para encarar um papel que parece ser escrito sob medida para ele. Portanto, não é de se estranhar que o ator esteja tão à vontade como o doutor. As crianças do elenco, Meredith Droeger, Diego Velazquez e Sam M. Hall, dão conta do recado e têm boas atuações.

Com uma história de superação de adversidades, Decisões Extremas ganha pontos por apresentar ao espectador uma trama que consegue, ao mesmo tempo, apresentar uma doença terrível e seus problemas, mas também mostrar que é possível arregaçar as mangas e trabalhar para se encontrar uma solução. A narrativa é um tanto lenta, é bem verdade, e o filme não parece saber o que fazer com seus coadjuvantes. Mesmo que pareça dourar a pílula em certos momentos, o longa-metragem de Tom Vaughan tem suas qualidades e merece uma conferida. Mesmo que seja apenas para ver Brendan Fraser como um ser humano.

Decisões Extremas (Extraordinary Measures)
Dir.: Tom Vaughan
Com Brendan Fraser, Harrison Ford, Keri Russell, Meredith Droeger, Diego Velazquez, Sam M. Hall, Courtney B. Vance, Jared Harris
Cotação Paradoxo: Vale 75% do ingresso

Fonte: PARADOXO

 
 
Nas montanhas da Escandinávia vive uma espécie curiosa de animal conhecido como lêmure. Durante um certo período de tempo, os lêmures se contentam em viver nas montanhas. Ali eles se alimentam, criam os filhotes e no inverno, escavam e se entocam sob a neve. E então, por alguma razão inexplicável, a cada três ou quatro anos os lêmures entram em marcha, trata-se de uma marcha em direção ao mar. Para isso, eles sobem montanhas, cruzam rios e enfrentam muitos perigos; mas nada pode convencê-los a voltar para casa. Parece loucura, não?

Nenhum dos animais já parou alguma vez para questionar por que estão participando disso. Eles simplesmente seguem os companheiros que vão à sua frente. Chegando ao mar, eles continuam em fila, correm para a água e nadam até se afogarem. Milhares de lêmures seguem uns aos outros, até a morte.
Quando as estações mudam, muitos de nós seguem a moda como os lêmures, sem atentar para o que acontece ao redor, nem mesmo para per-guntar por quê. Como cegos, seguimos as últimas tendências da moda. Nosso guarda-roupa, lotado, está repleto de roupas que não usamos mais porque estão “fora de moda”. Assim que as novidades mais quentes aparecem nas lojas, somos os primeiros a torrar o nosso dinheiro com elas.

Como cristãos, precisamos pensar sobre qual é a nossa resposta à moda. Até que ponto chega os limites que estabelecemos? Enquanto consideramos qual será nossa resposta à moda, é importante saber a diferença entre uma tendência e uma “onda”.

Geralmente, a onda é algo que contagia, é uma “coqueluche”. Ela surge, toma conta durante um certo tempo e depois desaparece porque o interesse das pessoas se volta para algo maior e melhor. Provavelmente você se lembra de algumas “ondas” de que participou não faz muito tempo. Elas não duraram muito, não é mesmo?

Uma tendência já é mais dura doura. Por exem-plo, os homens costu-mavam usar culotes até os anos de 1800. Durante os anos de 1800 a tendência mudou de culotes para calças e continua até hoje.
O cristão deveria seguir “ondas” ou tendências? É sempre mais fácil decidir quando algumas orientações estão disponíveis para ajudar na escolha. E como todas as outras coisas, Deus estabeleceu princípios a respeito do vestuário.

Em Deuteronômio 26:18 lemos: “E o Senhor declarou que vocês são o povo de propriedade particular dEle, como prometeu – e vocês disseram sim – e que devem obedecer a todas as leis dadas por Ele”
A palavra peculiar não significa que temos que nos vestir de modo estranho e horrendo. Peculiar significa singular, único.

Deus está nos dizendo que somos sua possessão mais valiosa e esse tema se repete em muitos outros lugares na Bíblia (Veja Êxo. 19:5; Deut. 14:2; Sal. 135:4; Ecl 2:8; Tito 2:14 e I Ped. 2:9). Se somos valiosos, então nosso vestuário e estilo de vida deveriam refletir esse valor elevado.
Quando nossas roupas refletem os valores de um designer de moda ao invés dos nossos próprios valores, tornamo-nos um lêmure da moda. Estamos tão envolvidos em seguir o resto a multidão que não percebemos a nossa marcha desenfreada e fatal para o mar.

C.S. Lewis, em seu livro Mere Christianity, escreveu o seguinte: “Todas as vezes que fizer uma escolha, você está transformando a sua parte essencial, a parte que escolhe, em algo um pouco diferente do que era antes. E, considerando sua vida como um todo, com todas as suas inumeráveis escolhas, durante a existência, lentamente você está transformando o centro de sua vida em uma criatura celestial ou diabólica.” Não podemos negar o fato de que nossas escolhas nesta vida afetarão nosso lugar na eternidade.

Você já teve a curiosidade de saber o que o estilo de certas roupas indica? Por exemplo, você sabe quem foram os primeiros a usar calças baggy e tênis sem cadarço? Talvez se surpreenda em saber que foram os presidiários. Usar calças bem largas e tênis sem cadarço dificultava a fuga.
Quando aceitamos a Cristo, não somos mais prisioneiros do pecado. Por que então vamos escolher nos vestir como pessoas que não têm liberdade?

As camisetas também são muito populares e, em muitos casos, funcionam como um anúncio ambulante. Grupos de rock, fabricantes de cerveja, cigarros e muitos outros anunciam seus produtos desse modo. Algumas camisetas trazem certas inscrições com sentido duplo. Do que e para quem você está fazendo propaganda? Você sabe qual é o significado das palavras escritas em sua camiseta? Está mesmo a fim de promover isso?

Espera-se que os cristãos se preocupem com a mordomia em todas as áreas da vida. Se estamos envolvidos em seguir a última “onda”, isso afetará nossa mordomia. Quando estamos sempre tentando acompanhar a última moda, parece que nunca sobra dinheiro. Se você tem idade suficiente para trabalhar como assalariado, então precisará trabalhar muitas horas extra para comprar mais coisas. Este ciclo se repete sempre e Deus não deseja que sejamos escravos das roupas que usamos. Ao contrário, Ele quer que sejamos livres nEle. Essa liberdade se manifesta quando não caímos nas redes dos desejos mundanos.
Dê uma olhada nas roupas que você usa. Que tipo de imagem você está projetando para o mundo? Quando seus amigos não cristãos o encontram, é possível ver alguma diferença entre o seu estilo e o deles? Isso pode fazer com que eles façam perguntas de modo que haja oportunidade de testemunhar como uma possessão valiosa de Deus? Será que não deveria haver alguma diferença externa que indicasse a diferença que existe em seu interior?

Há três alvos que precisam ser alcançados ao decidir que tipo de roupa usar. A Economia é Importante
Por que gastar tanto dinheiro em algo que você vai usar tão poucas vezes? Não seria mais sensato investir em uma roupa vistosa e de estilo tanto hoje como daqui a nove meses? Escolha cores clássicas, não importa quanto as camisas verde-limão apelem a você. Será que gostaria de usar verde-limão sempre?
Excesso de roupas no armário significa mais trabalho. Quanto mais roupas, mais terá que cuidar delas. Escolha tecidos fáceis de lavar. Isso representa economia, pois não terá que gastar com lavagem a seco. Tenha um mínimo de acessórios. Ninguém precisa de centenas de gravatas, cintos, sapatos, bolsas ou echarpes. Quanto mais tiver, mais difícil será manter o guarda-roupa organizado. Quer mesmo gastar todo o seu tempo limpando e arrumando seu armário?

Evite Excessos
É claro que quando falamos em roupas, a modéstia entra na discussão. Como cristãos devemos encontrar um meio-termo quanto ao vestuário. Deus não quer que nos vistamos de modo a chamar atenção para nós mesmos. Isso se aplica tanto a roupas antiquadas quanto aos exageros da última moda. Se as pessoas não podem deixar de prestar atenção em suas roupas, como espera que elas prestem atenção na mensagem do evangelho que você está tentando partilhar com elas?

Somos indivíduos singulares, criados por Deus para um propósito específico. A Bíblia nos diz: “Eu já o conhecia antes de você ser formado no útero de sua mãe. Antes do seu nascimento, Eu já havia separado e escolhido você para ser o meu profeta e mensageiro às nações” (Jer. 1:5, BV).

Nosso nome está gravado nas palmas das mãos de Jesus; bem ao lado dos terríveis pregos que garantiram a nossa salvação. Devemos ficar felizes porque escolhemos ser diferentes neste mundo. Não precisamos ser pessoas sem personalidade que fazem o que todo mundo faz. Devemos seguir o exemplo de Jesus, o nosso Modelo. Ele não seguia a última moda de Seu tempo. Na verdade, por ocasião de Sua morte, a única coisa de valor que possuía era uma simples túnica.

Não seja um lêmure da moda. Pare de pensar que você tem que se vestir como todo mundo. Decida-se por um estilo próprio, de acordo com os princípios estabelecidos por Deus. Em Deuterômio 26:19, Ele faz uma promessa a todos os que escolheram fazer parte de sua valiosa possessão: “Se obedecerem, Ele fará com que Israel venha a ser maior do que qualquer outra nação. Fará com que Israel receba louvor, fama e glória, e que seja povo santo ao Senhor nosso Deus, como prometeu.”

Essa fama e glória não estão reservadas para esta vida. Mas se você escolher seguir a moda de Deus, em algum dia, no futuro, você trocará as roupas desta terra por uma veste que o próprio Deus criou especialmente para você.